Hóstias consagradas jogadas no chão. Sacrílegos beberam cerveja na âmbula |
Padre Rodrigo Hurtado Gil, pároco de São Isidro Labrador em
Dosquebradas (Colômbia), denunciou que o sacrilégio realizado
na capela Cristo Salvador na noite de 5 de junho, onde se
encontraram as hóstias derramadas pelo chão,
molhadas com cerveja e pisoteadas, teria sido protagonizado
por jovens.
Em diálogo telefônico com a agência do grupo ACI em espanhol,
a ACI Prensa, no dia 9 de junho, o sacerdote indicou que uma
investigadora do Corpo Técnico de Investigação da
Procuradoria da Colômbia, que recolheu as impressões
digitais, mostrou-lhe que
uma das pessoas envolvidas seria
“uma garota de 15 ou 16 anos ou
pode ser a mão de um menino de 13 anos ou 14 anos”.
“Os que fizeram isso pela agilidade, a forma como entraram, tudo,
é gente muito jovem”, indicou o sacerdote.
O ato sacrílego teria sido realizado entre a noite do dia 5
e a madrugada de 6 de junho. “Nesse lapso ingressaram
pelo teto do templo, quebrando,uma telha e a clarabóia”,
relatou o religioso à ACI Prensa.
e a madrugada de 6 de junho. “Nesse lapso ingressaram
pelo teto do templo, quebrando,uma telha e a clarabóia”,
relatou o religioso à ACI Prensa.
O presbítero se mostrou surpreso porque “não sabemos
como violaram
como violaram
o sistema de segurança, porque a capela tem alarme,
tem sensores de movimento”.
tem sensores de movimento”.
Assim, sem ser descobertos, “entraram, violaram o Sacrário,
tiraram as hóstias, jogaram-nas no chão, inclusive pisotearam algumas,
e sobre outras jogaram cerveja”, denunciou o padre,
afirmando que inclusive
“beberam cerveja na âmbula”.
O pároco de São Isidro indicou à nossa agência de língua espanhola
que na manhã encontraram “latas de cerveja por todos os lados, e peças de
roupas. Ou seja, que eles tiraram a roupa, fizeram um festim aí,
um bacanal, uma coisa horrível”.
Apesar de outros roubos materiais que também denunciou, o sacerdote
assinalou que “o ponto muito delicado, muito grave, foi a
profanação à Eucaristia”.
Padre Hurtado declarou à ACI Prensa que obtiveram notícia no dia seguinte,
quando o diácono permanente, que colabora na paróquia, se dispunha a abrir
a capela e “escutou pessoas, ruídos dentro como de quem estava com pressa”.
O diácono “conseguiu ver os pés de um (dos profanadores) que estava
agachado na porta da sacristia. Do susto voltou a fechar, trancou a porta
da capela e pediu auxílio à polícia, mas quando retornaram já tinham ido
embora”.
“Deixaram o cálice sagrado pelo chão, a tampa do cálice sagrado em um
canto do presbitério, as hóstias jogadas. Se iam levar a âmbula não conseguiram
levá-la porque nesse momento despertaram e se assustaram e aí sim os
alarmes foram ativados”.
O sacerdote também disse à ACI Prensa que “neste momento o fato
como tal nos dá a concluir que foi um ato evidentemente satânico”,
embora reconhecesse que não há provas contundentes de que
existam grupos deste tipo nos arredores do local.
“Há muitas versões que estão sendo apresentadas e tanto a polícia como
a procuradoria estão por trás de todas as investigações”, assinalou.
O religioso afirmou que outro problema que deixou desconcertados
tanto os investigadores como os membros da Igreja “é que as pessoas ao
redor da capela disseram que não sabem de nada e que não viram ninguém”.
Para ele parece claro que os profanadores “entraram pela parte de trás
da capela, que tem saída para algumas propriedades e algumas casas;
não sabemos se eles se caminharam pelos tetos de algumas propriedades
até chegar ao teto da capela. Estamos na expectativa do resultado dos
exames (policiais) e que conclusões tiraram e se puderam encontrar
os responsáveis”.
Enquanto isso, indica o sacerdote, o Bispo do Pereira
“emitiu obviamente o decreto de excomunhão” para quem cometeu
o ato sacrílego, além de indicar que “em 15 ou 20 dias programamos
a Eucaristia de desagravo e reparação, que já começará a ser celebrada
de acordo com algumas condições e alguns convênios que precisarão
ser feitos com a comunidade do setor”.
Padre Hurtado também indicou à ACI Prensa que o Bispo “fez uma
circular especial para todos os sacerdotes da diocese de Pereira porque
coincidentemente nestes dias, depois do que aconteceu na capela, outro
sacerdote de Dosquebradas disse que tinham tentado entrar no templo
paroquial”.
“Não sabemos se é uma onda de situações satânicas,
isso nunca havia acontecido”, afirmou.
O pároco recordou que “a capela foi objeto de um roubo quatro
anos atrás, mas não houve um ato sacrílego, satânico”, entretanto,
chamou-lhe a atenção que “tenham levado sete velas e um crucifixo,
foi o único que foi roubado, não tocaram nos microfones, nem no
aparelho de som nem nada disso”.
O sacerdote pediu oração “pela situação do país, pela situação social,
a conjuntura que se está vivendo. Eu não falo que haja uma crise de valores,
mas uma ausência de valores, para que os jovens cheguem a uma
situação como esta”.
“Isso está ocorrendo entre crianças, com as quais já entrou a desordem,
a ausência dos valores, porque estão dirigindo um estado psicológico de
ressentimentos diante dos traumas muito precisos e o primeiro deles que
é diante de Deus e de tudo o que Ele representa”, finalizou.